É seguro viajar para Israel?
É seguro viajar para Israel: Israel é um destino que desperta o interesse de turistas do mundo todo, seja pela sua rica história, cultura ou importância religiosa.
Contudo, muitos se perguntam se é seguro viajar para Israel, especialmente em tempos de tensão política e conflitos na região. Neste post, vamos abordar a questão da segurança e listar informações importantes para quem planeja visitar o país.
É seguro viajar para Israel?
A Situação Atual
A guerra em Israel, que começou em outubro de 2023, é um dos conflitos mais intensos entre Israel e o grupo militante palestino Hamas, com base na Faixa de Gaza. O conflito foi deflagrado após um ataque surpresa do Hamas contra Israel, marcando o início de uma escalada violenta que afetou significativamente a segurança do país e a vida de seus cidadãos.
A guerra se intensificou com o passar dos dias, e a violência não se restringiu apenas à Faixa de Gaza. Ataques ocorreram também no norte de Israel, na fronteira com o Líbano, com confrontos entre as forças israelenses e o grupo Hezbollah, que declarou apoio ao Hamas. Além disso, tensões se elevaram na Cisjordânia e em Jerusalém, com a intensificação de protestos, repressões militares e novos incidentes de violência entre palestinos e colonos israelenses.
A segurança em Israel pode variar de acordo com a região e o contexto político. Enquanto áreas turísticas como Tel Aviv, Jerusalém e Haifa são amplamente seguras, algumas partes próximas às fronteiras com a Faixa de Gaza, Cisjordânia e Síria podem apresentar riscos maiores. Israel tem um sistema de segurança bem desenvolvido, e a presença militar é comum em várias partes do país, o que pode, por um lado, trazer tranquilidade, mas também reforçar a percepção de que o país está constantemente em alerta.
Impacto para os turistas
Diante da escalada do conflito entre Israel e o Hamas, diversos países, incluindo o Brasil, emitiram alertas de segurança, recomendando que seus cidadãos evitem viagens não essenciais a Israel e territórios palestinos. Além dos riscos diretos de bombardeios e ataques, há uma série de fatores que os turistas precisam considerar antes de planejar uma viagem para a região.
1. Fechamento de fronteiras e restrições de viagens
Com o início da guerra, vários voos internacionais para Israel foram cancelados ou adiados, principalmente para o Aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv. Algumas companhias aéreas interromperam temporariamente seus serviços para o país devido à situação de insegurança.
Além disso, fronteiras terrestres com países vizinhos, como Jordânia e Egito, também enfrentam restrições ou aumento nos controles de segurança, tornando a mobilidade pela região mais difícil e perigosa.
2. Risco de bombardeios e ataques aéreos
Uma das principais preocupações para turistas durante esse período é o risco de bombardeios e ataques aéreos. O sistema de defesa antiaérea de Israel, o Domo de Ferro, intercepta a maioria dos foguetes disparados contra o país, mas nem sempre é eficaz em proteger todas as áreas, especialmente aquelas mais próximas de Gaza.
Sirenes de ataque aéreo tocam frequentemente em diversas cidades, como Tel Aviv e Jerusalém, forçando residentes e turistas a buscar abrigo em bunkers ou áreas de proteção.
3. Clima de tensão em Jerusalém e outras cidades
Jerusalém, um dos principais destinos turísticos de Israel, também tem sido palco de confrontos entre forças de segurança israelenses e palestinos. Embora muitas áreas turísticas, como a Cidade Velha, ainda estejam acessíveis, a situação é volátil, e há um risco real de manifestações e confrontos.
Turistas devem estar preparados para restrições de movimentação e possíveis toques de recolher, além de se informarem sobre áreas de risco antes de se deslocarem.
4. Restrições em áreas de conflito
Áreas próximas à Faixa de Gaza e à fronteira com o Líbano são consideradas zonas de conflito ativo e devem ser completamente evitadas. Além disso, regiões da Cisjordânia, como Hebron e Nablus, têm registrado um aumento de violência, incluindo confrontos entre palestinos e colonos israelenses, bem como intervenções das forças de segurança israelenses. Nessas áreas, o risco de ataques terroristas, emboscadas e confrontos é elevado, o que as torna altamente perigosas para turistas.
5. A situação humanitária
A guerra também trouxe uma crise humanitária significativa, especialmente em Gaza, onde hospitais estão sobrecarregados e muitas áreas sofreram graves danos. Embora essas áreas já não fossem destinos turísticos, o impacto da guerra pode gerar uma série de problemas logísticos, como o desabastecimento de produtos e serviços, que pode afetar diretamente a experiência de quem visita o país.
O que os turistas devem fazer
Se você já está em Israel ou planeja viajar para o país, é fundamental seguir algumas orientações para minimizar os riscos:
- Monitore as notícias: Acompanhe os noticiários locais e as atualizações de segurança fornecidas pelo seu governo. Muitos países têm aplicativos ou serviços de alerta para manter seus cidadãos informados em situações de crise.
- Registre-se na embaixada: Caso você esteja em Israel, é aconselhável se registrar na embaixada ou consulado de seu país, para que as autoridades possam contatá-lo em caso de emergência.
- Siga as instruções locais: Em Israel, é comum que as autoridades emitam alertas de segurança, especialmente em caso de ataques aéreos. Quando as sirenes tocarem, siga imediatamente para um abrigo ou bunker mais próximo.
- Evite áreas de risco: Regiões próximas às fronteiras, tanto com Gaza quanto com o Líbano, devem ser evitadas a todo custo. Além disso, tenha cautela em áreas sensíveis como Jerusalém Oriental e partes da Cisjordânia, onde os confrontos são mais frequentes.
- Considere adiar a viagem: Dado o contexto atual, muitos especialistas em segurança e governos recomendam que turistas adiem suas viagens para Israel até que a situação se estabilize. O risco de ser pego em meio a um conflito armado é significativo, e a experiência turística pode ser severamente comprometida.
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É seguro viajar para Israel? As recomendações finais
Viajar para Israel em tempos de guerra exige cautela redobrada e planejamento cuidadoso. O país, apesar de sua infraestrutura de segurança avançada, está em um momento delicado, com riscos elevados em várias regiões. Turistas que decidirem visitar o país devem estar prontos para mudanças repentinas no itinerário, possíveis evacuações e um clima constante de tensão.
Para aqueles que desejam explorar a rica história, cultura e espiritualidade de Israel, o momento mais seguro é esperar até que o conflito seja resolvido e a normalidade retorne. A segurança deve sempre ser a prioridade principal ao viajar, especialmente em tempos de guerra.
O que o turista precisa saber antes de viajar para Israel
1. Documentação e visto
Brasileiros não precisam de visto para entrar em Israel em viagens de até 90 dias, mas o passaporte deve ter validade mínima de seis meses. É importante ficar atento a isso para evitar problemas na imigração. Ao chegar ao país, é comum passar por uma entrevista mais detalhada, na qual o oficial de imigração pode fazer perguntas sobre o motivo da viagem e os locais que você pretende visitar.
2. Segurança e precauções
Israel é conhecido por suas rigorosas medidas de segurança, incluindo checkpoints, câmeras de vigilância e forte presença militar. Ao passar por aeroportos ou estações de ônibus, é possível encontrar inspeções detalhadas de bagagens e documentos, o que pode gerar algum desconforto, mas essas medidas são consideradas fundamentais para manter a segurança do país.
É importante evitar áreas próximas a fronteiras sensíveis, como a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, especialmente em momentos de maior tensão. Grandes manifestações podem ocorrer em cidades como Jerusalém, e, embora elas sejam geralmente pacíficas, é sempre prudente manter-se informado sobre a situação e evitar aglomerações políticas.
3. Saúde e seguro de viagem
Israel possui um sistema de saúde de alta qualidade, mas é importante contratar um seguro de viagem que cubra despesas médicas, pois tratamentos podem ser caros. Além disso, o seguro também pode proteger contra imprevistos, como cancelamentos de voos ou emergências.
4. Transporte
O transporte público em Israel é eficiente e seguro. Há ônibus, trens e serviços de táxi disponíveis nas principais cidades. No entanto, vale lembrar que o Shabat (o período de descanso semanal judaico, que vai do pôr do sol de sexta-feira ao pôr do sol de sábado) afeta o funcionamento dos transportes públicos, que operam em horários reduzidos ou são interrompidos durante esse período. Planeje seus deslocamentos com antecedência para evitar contratempos.
5. Costumes e cultura local
Israel é um país com uma diversidade cultural significativa, o que reflete diretamente nas tradições e costumes locais. Jerusalém, por exemplo, é um destino com grande relevância religiosa, e por isso é fundamental respeitar as práticas e crenças, especialmente em áreas como o Muro das Lamentações e o Monte do Templo. Vestimentas modestas são recomendadas nesses locais, tanto para homens quanto para mulheres.
Se você visitar bairros predominantemente árabes ou ultraortodoxos, também é aconselhável seguir os costumes locais, como evitar roupas que revelem muito o corpo e manter uma atitude respeitosa em relação aos hábitos religiosos.
6. Dinheiro e câmbio
A moeda oficial de Israel é o shekel. Cartões de crédito internacionais são amplamente aceitos, mas sempre é bom ter dinheiro em espécie, especialmente em áreas mais remotas ou em pequenos comércios que não aceitam cartão. Caixas eletrônicos estão disponíveis em todo o país, e a taxa de câmbio pode variar, então faça comparações antes de trocar grandes quantias.
Deisi Remus
Um sagitariana legítima, louca por gatos e viagens. Saiu de Porto Alegre para encarar novos desafios em São Paulo. Formada em Moda, adora tudo sobre o universo, mas também de viver e compartilhar experiências!